segunda-feira, 2 de março de 2015

A história do Piano Elétrico

Rhodes, a trajetória do piano elétrico

Quais são e como foram criados os modelos desse instrumento

Por: Daniel Latorre
musitec.com.br

O termo piano elétrico, apesar da ampla interpretação que envolve os teclados eletrônicos e outros, refere-se aos pianos cuja geração sonora consiste, entre outros elementos, de uma ação mecânica que origina ondas sonoras captadas e transformadas em impulsos elétricos. O piano Rhodes (ou Fender Rhodes) é o melhor exemplo disso. Até hoje é possível adquirir um Rhodes original que possa ser profissionalmente usado (depois de uma boa restauração) devido à sua construção de qualidade e agradável sonoridade. Neste artigo, tentarei resgatar um pouco da história e dos modelos deste instrumento que está de volta aos palcos e aos estúdios de gravação.

Um pouco de história

O inventor americano do piano Rhodes, Harold Rhodes, nasceu em 1910. Estudou piano e, na década de 1930, começou a lecionar seu próprio método abrindo a Escola Rhodes de piano popular. 
É preciso lembrar que os anos 30 foram significativos para a indústria musical. Inspirados pelas válvulas e pela produção em série, Rickenbacker, em 1931, e Gibson, em 1935, criaram suas primeiras guitarras elétricas. Enquanto isso, Laurens Hammond lançava seu primeiro modelo de órgão eletromecânico, o Hammond modelo A. 

Em 1942, os EUA entraram na Segunda Grande Guerra e um inevitável período de recessão fez com que Harold fechasse seus negócios. Por volta de 1944, inspirado por esses grandes nomes, começou a trabalhar num piano com duas oitavas e meia, batizado de Air Corps Piano. Ele pretendia construir um protótipo pequeno que pudesse ser facilmente transportado. Desta maneira, obteve reconhecimento e em 1945 ganhou medalha de honra por sua contribuição durante a Guerra. Com certa fama conquistada, reergueu-se e abriu a Rhodes Piano Corporation, construindo seu primeiro modelo, o Pré-piano. 

Musicoterapia


O Army Air Corps Piano (mais conhecido como Xylette) era, na verdade, apenas acústico. Suas notas eram feitas de tubos de alumínio encontrados nos aviões bombardeiros B-17. Esse era um instrumento musical voltado para estudo e fins terapêuticos. Pois é. Para quem não sabe, a musicoterapia como ciência esteve ligada ao piano elétrico Rhodes e foi a principal razão de sua criação. Era possível levar esse pequeno piano para aplicações de musicoterapia em soldados feridos, que podiam tocar o Xylette em suas camas através do método Sit down and play, criado por Harold. O departamento de guerra dos EUA o contratou para que escrevesse um manual de usuário e um esquema para a fabricação desse modelo. 
Aproximadamente 125 mil Xylettes foram construídos durante a Segunda Guerra, e seu manual pode ser encontrado nos arquivos oficiais do governo dos EUA. Infelizmente não houve continuidade com este tratamento terapêutico usando pianos Rhodes após esse período.

Rhodes Pré-piano e Piano Bass




O Rhodes Pré-piano, lançado na feira NAMM, em 1946, era realmente o primeiro piano elétrico Rhodes.





Direcionado ao estudo, foi o único Rhodes valvulado, usando válvulas 7F76U6GT/6X5, um falante de 6" 3-1/2 ohms e um captador em baixo da harpa. O Pré-piano tinha 38 notas correspondentes aos médios, chassis e corpo de madeira, além de uma estante com banco acoplado, parecendo-se com uma carteira de escola primária. Seu som era próximo ao de um piano de brinquedo. Ao contrário do que se possa pensar, esse piano não tem valor musical nem profissional, porém é um excelente item de colecionador. Parou de ser fabricado em 1948 e levantou interesse de outros fabricantes, como Wurlitzer, Fender e Hohner.  

Com o interesse despertado e um bom conhecimento em eletroacústica, Leo Fender uniu-se em parceria com Harold para a fabricação em maior escala e de uma linha inteira de seu novo instrumento, que na verdade tinha o sistema parecido com o de uma guitarra: cordas metálicas, captadores (um para cada nota) e uma saída de baixa impedância (sem adição de energia elétrica para geração sonora). Assim, em 1959 foi formada a Fender & Rhodes Company. É possível observar que certas características dos Rhodes vieram das guitarras Fender.

O Fender Rhodes Piano Bass foi o primeiro piano elétrico Rhodes fabricado pela recém-formada parceria. Consistia em um teclado de 32 notas correspondendo aos graves (mesmo alcance de um contrabaixo elétrico). Durante seu desenvolvimento, este modelo foi também chamado de X38. Um protótipo foi demonstrado pela primeira vez em Las Vegas, em 1960, com um design de piano de brinquedo (com quatro perninhas e pedal de sustain tirado de um pedal steel). O pedal de sustain foi apenas um adereço. Quando começou a ser fabricado, o Piano Bass podia ser montado em um tripé ou em cima de outro instrumento. Pouco depois, tinha acabamento em tolex cor creme e tampo de fibra de vidro em variadas cores. Esse modelo é o que Ray Manzarek, do The Doors, usava para fazer o baixo da banda. 

Por volta de 1963/64 foi lançado o Fender Rhodes Celeste. Com estética semelhante à do Piano Bass, o modelo Celeste correspondia aos médios e era fabricado em formatos de três e quatro oitavas.

Modelos mais elaborados e a era CBS

De 1964 a 1965 os pianos sofreram a transição da fábrica Fender & Rhodes para a CBS, que adquiriu os direitos da Fender por US$13 milhões. O nome Fender & Rhodes foi mantido por nove anos, uma vez que toda linha Fender foi incorporada.
Em 1965, o Fender Rhodes Electric Piano era vendido nas configurações de 73 notas e 88 notas. O mais comercializado era o modelo 73 notas com amplificação própria de 50W (com falantes de 4 x 12" mono), EQ (treble/bass), tremolo e tampo arredondado em glitter prata. Uma das características destes pianos eram os martelos feitos totalmente de madeira com feltros nas pontas, propiciando o som mais abafado e metálico. Como referência de gravação desse modelo estão os excelentes álbuns Bitches Brew and e Silent Way. Os modelos Fender Rhodes Piano Bass e Fender Rhodes Celeste continuavam a ser fabricados. Encomendas especiais de pianos eram aceitas pela fábrica durante essa época, incluindo versões de 61 notas e um modelo Celeste de 49 notas.

O Famoso Fender Rhodes Mark I 

Em 1969, o modelo amplificado de 73 notas foi chamado de Fender Rhodes Suitcase Piano. Tinha tampo arredondado preto e amplificador de 80W.
Em 1970 começou a ser fabricado o Fender Rhodes Mark I Stage Piano. O Stage Piano era internamente a mesma coisa que o modelo Suitcase, só que sem caixa e amplificação, tudo para poder ligá-lo a um amplificador externo. Este modelo é o mais conhecido por ter pernas metálicas cromadas que são rosqueadas no corpo do piano (inspiradas no Fender pedal steel), um pedal de sustain com haste regulável (inspirada na estante do pedal de chimbal da Rogers) e um painel frontal simples com apenas botões de volume e bass.

Várias mudanças de projeto foram feitas entre 1969 e 1971. Uma delas eram os martelos que passaram a ser um mesclado de plástico e madeira. Outra mudança foi a adição de pontas de borrachas nesses martelos, antes de feltro. O sistema que gera o som de cada nota (tone bar) mudou também, ficando mais fino. Dos médios aos graves, a parte central das barras era torcida a 90º. O sistema de fabricação das cordas (tines) foi aperfeiçoado principalmente nos modelos de 88 notas após 1972, quando as notas mais graves já não precisavam de tone bars e os martelos dos agudos tiveram pontas de madeira revestidas de borracha. 

Modelos como o Celeste pararam de ser fabricados em 1969, mas o Piano Bass continuava a ser produzido com os mesmos avanços dos modelos Mark I.

O modelo Rhodes Mark I 

Por volta de 1975, a CBS Musical Instruments optou por tirar o nome Fender da linha de produtos Rhodes com esperanças de que a marca Rhodes se tornaria independente. Então o Rhodes Suitcase Piano e o Rhodes Mark I Stage Piano continuaram a ser fabricados nas versões 73 e 88 notas.

Diferenças entre Rhodes e Fender Rhodes

Afora os logotipos há duas diferenças principais entre um Fender Rhodes e um Rhodes Mark I: os martelos e as cordas (tines). Essas diferenças eram pequenas, mas proporcionavam mudanças significativas no som dos pianos. 
Martelos: os novos tinham martelos apenas de plástico, proporcionando menor peso geral no piano, mas com mesma ponta de borracha. 
Cordas: as cordas mais novas (tines) foram redesenhadas; eram marteladas nas bases, o que as tornava quatro vezes mais duráveis que as anteriores. 

A combinação destas mudanças proporciona um som mais abafado e menos metálico.
Nos modelos Suitcase, o amplificador mudou para 100W estéreo (2 x 50W) com um par de entradas e um de saídas de 1/4", o que permitia ligar os pianos diretamente a uma mesa de som para que não fosse preciso microfonar a caixa do piano. No painel frontal, foram adicionados pares de slider para EQ e controles individuais para o tremolo estéreo de velocidade (speed) e profundidade (intensity). Havia também saídas send (#1) e retourn (#2) de 1/4" para efeitos externos. A tela dos amplificadores, que antes era sparckle, passou a ser preta. O Rhodes Piano Bass continuou a ser fabricado da mesma maneira.No Brasil, encontramos em maioria os modelos Rhodes Mark I Stage. 

Os modelos fabricados antes de 1975 geralmente estão em pior estado, porém são mais abundantes. Hoje em dia é mais fácil encontrar peças nos EUA dos Mark I mais antigos, pois esses foram fabricados em grande quantidade. Os modelos Piano Bass e Celeste são raros no Brasil.

O modelo Rhodes Mark II 


Em 1979, a CBS parou de fabricar os modelo Mark I, criando um novo estilo para a linha Rhodes. O Rhodes Suitcase Piano ganhou painel preto, estante de partitura removível e um topo reto para acomodar outro instrumento, por exemplo, um sintetizador. Além dessas mudanças estéticas, os novos pianos Suitcase de 1979 eram idênticos aos últimos Mark I fabricados. Os modelos Suitcase e Stage continuaram a ser fabricados em versões de 73 e 88 notas, porém com o avanço dos sintetizadores e outros instrumentos eletrônicos, o modelo Stage 73 já não era mais considerado portátil. 
Em 1980, a estrutura das teclas era totalmente de plástico ao invés de madeira, deixando o piano com uma ação mais parecida com a dos pianos digitais de hoje. 

O modelo Rhodes 54

Em 1980, o Rhodes 54 foi lançado. Projetado e fabricado sob a supervisão dos engenheiros John McLaren e Steve Woodyard, era basicamente uma versão de 54 notas do modelo Stage Mark II com teclas totalmente feitas de plástico. Esta versão enfatizava os médios do piano, ideal para os que usavam o Rhodes apenas para acordes e pouco em solos.






O desastroso Rhodes Mark III EK-10

Também lançado em 1980, o Mark III era um Stage 73 com um sintetizador ARP embutido para gerar sons futurísticos modulando e alterando o som característico do Rhodes. O modelo, também chamado de EK-10, era divulgado como o Rhodes do futuro. No painel frontal estavam inclusos controles de EQ (assim como em um Stage 73), juntamente com os controles de sintetizador como volume, filtro e afinação. Dentro do piano, os captadores estavam ligados a várias placas de circuito configuradas em duas partes (uma para os graves e outra para os agudos).
O EK-10 não vendeu bem nos EUA; não se tem registros de unidades importadas para o Brasil. No Japão, que deveria ser o mercado-alvo da CBS, descobriram que o EK-10 dava interferência no sistema PAL-M, danificando televisores! Resultado: ninguém quis usá-lo mesmo, pois não tinha som de Rhodes e nem de sintetizador.

O modelo Rhodes Mark V

Harold Rhodes e sua equipe desenvolveram um tipo ideal de Rhodes em respostas a modelos como o EK-10. Os engenheiros Mike Peterson e Steve Woodyard projetaram dois modelos diferentes, o Mark IV e o Mark V. Não há informações sobre o Mark IV, exceto que as teclas eram de metal. Um protótipo foi montado, mas o piano acabou não sendo fabricado.
Com o corpo todo de plástico, o Rhodes Mark V Stage 73 é o Rhodes mais leve, pesando por volta dos 37kg.

 Diferentemente dos outros modelos Stage, ao invés de pernas, Mike Peterson projetou uma estante dobrável capaz de agüentar 160kg. Entre as melhorias estão a volta das teclas de madeira e as modificações na mecânica, que resultaram em um melhor sustain e no realce do característico som metálico.

Foi também elaborado o que seria ideal num Rhodes, o Rhodes Mark V Stage 73 mais MIDI. Pianistas como Chick Corea, John Novello e Steve Woodyard foram os únicos donos das três unidades construídas com MIDI. Consistia basicamente de um Mark V Stage 73 com uma saída MIDI para controlar outros instrumentos e um conjunto de entradas e saídas de áudio para a mixagem de sinais adicionais usando a mesma saída de áudio do Rhodes. O painel frontal incluía EQ de três bandas e controles para split das zonas de MIDI. O MIDI Mark V pode ser ouvido no álbum Chick Corea Elektric Band juntamente com um sintetizador Yamaha TX816 rack.

Ainda é um sonho ter um Rhodes com MIDI out que sirva de controlador para módulos de som. Sua mecânica é muitas vezes superior aos modelos de teclados controllers fabricados na atualidade.
O curioso é que o Mark V Stage 73 foi fabricado depois que a fábrica Rhodes fechou. Já o Mark V Stage 88 apareceu em propagandas, mas acabou não sendo fabricado. Os modelos em formato suitcase não saíram da versão do Mark II e os últimos fabricados tinham apenas inovações no painel frontal. Com tudo isso, o Rhodes Mark V não tem a sonoridade com a variedade de harmônicos que fazem do Rhodes Mark I o Rhodes imbatível. 

Yendis, o Rhodes Brasileiro

Na década de 70, o músico e engenheiro eletrônico paulista Sidney resolveu montar seu próprio Rhodes. Tive contato com Sidney no começo de 2001 e ele contou que durante a década de 60 e começo dos anos 70 já havia viajado diversas vezes para os EUA, onde fez consultorias para Fender e Gibson. Diz ele que foi o responsável pelas cópias dos amplificadores valvulados Fender para a marca nacional Gianinni, entre outras tecnologias que trouxe para o Brasil. Entre estas viagens, Sidney afirma que inventou o Rhodes 54. 

Ele levou a discussão para a fábrica da CBS, que pegou sua idéia, assim como algumas inovações que puseram em prática no Mark II. De qualquer maneira, nessa época Sidney construía clavinets (o primeiro feito sob encomenda para Hermeto Pascoal) e guitarras pedal-steel. De fato, ele era um dos poucos que dominavam a arte de tocar pedal-steel no Brasil, tendo até gravado alguns discos na década de 60. 

Como prestava muita assistência técnica em piano Rhodes, começou a construir seus próprios pianos (seguindo o mesmo estilo do Rhodes original) manufaturando as peças em casa. Batizado como piano Yendis, o nome Sidney ao contrário, não tinha acabamento e fabricação em série de uma CBS, mas fazia um som próximo do original, porém era mais pesado e duro. Poucas unidades foram vendidas sob encomenda. O Próprio Sidney, em 2001, já não possuía nenhuma unidade com ele. Sei apenas de um músico de Jundiaí, interior de São Paulo, que ainda guardou esse curioso instrumento.

Cada vez menos Rhodes 

Conforme a revolução dos sintetizadores tomava lugar na década de 70, foram fabricados alguns pianos digitais e sintetizadores sob a marca Rhodes. Estes não eram nem de perto os pianos Rhodes tradicionais. A primeira tentativa foi da CBS quando adquiriu a ARP, lançando em 1981 o Rhodes Chroma. Harold Rhodes não participou desse projeto, que consistia na verdade de um ARP Chroma com nome diferente. Na mesma linha do Chroma, a CBS fez um piano portátil baseado na síntese analógica. Em 1983 fizeram o Rhodes Electronic Piano, que lembrava um Stage 73 (e quase que igualmente pesado, com 40kg). Outra frustração para os amantes do Rhodes: o Rhodes Electronic Piano não emulava o som de um Rhodes e sim o de um piano acústico. Como não obteve sucesso, pararam com sua fabricação no mesmo ano.

Então, dois anos mais tarde, a CBS vendeu o nome Rhodes para a Roland, que segurou o nome até 1990, lançando o Rhodes MK-80 e sua versão mais leve e simples, o MK-60. Tudo isso sem o envolvimento de Harold. O MK-80 usava o sistema de síntese S/A da Roland para fazer três variações de sons de Rhodes, assim como pianos acústicos e outros instrumentos (sons emprestados da série Roland RD). Outras frustrantes tentativas feitas pela Roland usando o nome Rhodes foram os modelos VK-1000, 660 e 760. O VK-1000 tentava simular um órgão Hammond com drawbars e alguns sons de Rhodes do MK-80. Derivados do Roland U-20, os modelos 660 e 760 eram versões de 61 e 76 notas, respectivamente. 

Os sintetizadores dos anos 80 e as tentativas da Roland de criar esses teclados fizeram com que a tradição do Piano Elétrico Rhodes fosse quase que esquecida pelas gerações subseqüentes. No começo da década de 90, a exaustão de timbres sintéticos e o resgate da música dos anos 60 e 70 trouxeram de volta, entre outros instrumentos vintage, o Piano Elétrico Rhodes.

E Agora?

Por muito tempo Harold lutou para conseguir os direitos legais sobre a marca Rhodes. Em 1997 ele finalmente conseguiu, mas sua saúde não o ajudou a concretizar o sonho de voltar a fabricar os pianos. Harold já havia sofrido um derrame em 1996 e em 17 de dezembro de 2000, na cidade de Los Angeles, faleceu. Em 2002, após várias disputas legais, a família de Harold perdeu os direitos e mais uma vez não sabemos onde isso vai parar. Acredito que sem a supervisão de Harold ou de um profundo conhecedor de pianos elétricos será difícil lançar um produto que faça jus ao nome que é o símbolo dos pianos elétricos: Rhodes. 

Por enquanto só nos resta cuidar bem dos pianos existentes através de uma correta restauração e do bom uso do equipamento, tendo sempre em mente que esse é um instrumento delicado e cheio de peculiaridades. Os programas VST que emulam Rhodes são interessantes e constituem uma alternativa, porém o piano original proporciona experiência e resultados musicais incomparáveis.

Daniel Latorre - Pianista e organista. Iniciou sua carreira tocando em bares de São Paulo. Aperfeiçoou seus estudos com a renomada pianista Maria Thereza Russo. Compôs trilhas sonoras para teatro e participou de festivais de jazz. Especializou-se em jazz, blues e rock em órgãos Hammond. Entre seus professores está o organista americano Deacon Jones (organista de Freddy King, John Lee Hooker entre outros). 


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